BARRA FUNDA

identidade-sp-bairro-barra-funda-zona-oeste

Barra Funda

O logotipo

Representamos o reduto cultural do bairro com o Theatro São Pedro, tombado pelo Patrimônio Histórico e, um dos poucos teatros ativos de uma geração de casas de espetáculo que surgiram entre o final do século XIX e o início do século XX; a Casa de Mário de Andrade, também tombada e, a escultura “Mão”, do Memorial da América Latina.

♦♦♦

História

O nome Barra Funda significa exatamente barra funda.

Antigamente, a barra do rio Tietê na região era muito funda. Não encontramos uma data oficial que marque a fundação do bairro ou algum evento que seja comemorado o aniversário do bairro mas, por volta de 1850, a área da Barra Funda já fazia parte da antiga Fazenda Iguape, propriedade de Antônio da Silva Prado, o Barão de Iguape.

Prado foi dentre outros títulos, partidário da abolição e incentivador da imigração italiana no Brasil, sendo um dos fundadores da “Sociedade Brasileira da Imigração”. Logo após o loteamento da área, os primeiros a povoarem a região foram os italianos.

Ligado à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade, o bairro foi estruturado para receber as famílias dos italianos trabalhadores da ferrovia, que acabaram montando serrarias e oficinas mecânicas em suas casas para prestar serviços às famílias ricas dos Campos Elíseos. Ao longo dos trilhos da ferrovia, moravam os negros que começaram a povoar o bairro para trabalhar no ensacamento das mercadorias produzidas pelas muitas fábricas da região.

Marcada pela construção civil, a arquitetura da Barra Funda é conhecida como “ponta de chuva”, ou seja, as casas foram traçadas pelos italianos “capomastri” – que significa mestre de obras – onde usavam a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção. Até hoje a maior parte das casas do bairro apresentam arquitetura simples e características semelhantes, com construções geminadas com entrada lateral, fileira de cômodos, cozinha, quintal e porão.

O sistema de transportes da região chegou em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao largo São Bento. Com a crise de 29, a importação do café diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Os casarões da antiga classe média cafeeira do bairro foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços, as indústrias fecharam e sobreviveram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.

O bairro começou a ser repaginado em 1989, quando foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reuniu todas os serviços do transporte coletivo: metrô, trens da CPTM, transporte rodoviário e ônibus municipais e intermunicipais. No mesmo ano, no antigo Largo da Banana – nomeado pela venda de cachos de banana e considerado um dos berços do samba paulista, sendo ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca ou capoeira e serestas (gênero musical do Brasil de antiga tradição de cantoria popular das cidades) – foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

O bairro ainda é reduto cultural. Em 1917, foi inaugurado o Theatro São Pedro. Mário de Andrade, poeta, romancista, crítico de arte e musicólogo, nasceu e viveu na Barra Funda e a casa em que morava – também tombada – está conservada até hoje, funcionando como oficina cultural. A escultura “Mão”, do Memorial da América Latina, representa o suor, sangue e pobreza que marcam a história da América Latina tão desarticulada e oprimida, segundo Niemeyer. Mão de protesto, espalmada, com os dedos abertos em desespero, e o mapa da América Latina a correr sangue até o punho.

ACESSE NOSSA LOJA VIRTUAL!

FACEBOOK

INSTAGRAM

youtube-isp

RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Nome

E-mail

O MELHOR DO BAIRRO

Comments

comments