JAGUARÉ
Jaguaré
O logotipo
O logotipo tem como elemento principal o Mirante, símbolo maior do bairro. Ao fundo, o Pico do Jaraguá, uma das paisagens observada do interior do farol; antiga subestação de energia relembrando a imigração alemã; e do lado direito, a cidade dividida por uma curva que representa a ponte o Jaguaré, fundamental para o desenvolvimento do bairro.
♦♦♦
História
Nascido por volta de 1935, o Jaguaré foi se consolidando com a presença de indústrias locais, sendo conhecido como um bairro tipicamente operário.
O bairro, uma das poucas áreas com planejamento urbanístico em São Paulo, foi projetado e construído pelo engenheiro Henrique Dumont Villares, sobrinho e afilhado de Santos Dumont. Dono da Sociedade Imobiliária Jaguaré, Villares, dividiu a região em áreas residenciais, comerciais e industriais e incentivou a sua ocupação, em sua maioria por imigrantes alemães, que foi efetivada após a construção da ponte do Jaguaré, sobre o rio Pinheiros.
O nome Jaguaré tem sua origem no tupi: jaguaré significa “lugar onde existem onças” mas também vem de um ribeirão da região, que nascia em Osasco e desembocava no rio Pinheiros sendo canalizado quando o bairro começou a ser urbanizado.
No ponto mais alto do Jaguaré, com 28 metros de altura e inspirado na arquitetura holandesa, encontra-se o principal símbolo do bairro: o mirante, que é conhecido como “Farol do Jaguaré”.
Villares ergueu a torre em 1942. Previa-se utilizá-lo como orientação para navegação, caixa d’água e relógio; existiam rumores que Villares acreditava que o Rio Pinheiros poderia ser navegável. Imaginou também uma grande área verde ao redor do Mirante, porém, o espaço nunca foi aproveitado e acabou sendo ocupado a partir da década de 60 onde hoje, é considerada a maior favela da cidade em área contínua, a Vila Nova Jaguaré.
Nos anos 90, o edifício que foi construído em frente ao Mirante praticamente tapou a vista do mesmo para quem trafega na Marginal Pinheiros; somente em alguns ângulos ainda é possível vê-lo. Em 2004, o mirante foi tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e restaurado pela SAJA (Sociedade Amigos do Jaguaré).
O bairro apresenta ainda uma antiga subestação de energia de arquitetura alemã, que permanece erguida próxima ao Mirante. Pouco descobrimos sobre a construção e qual sua utilidade nos dias atuais, mas é uma bela construção que enriquece e contribui para a característica e história da região.
